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O que é a lucidez se não a plena manifestação do entendimento e admiração da loucura em seu mais puro valor.
E o que é a loucura, então?
No dicionário, louco é aquele indivíduo que perdeu a razão, ser demente e alienado.
Então pergunto-lhe de maneira diferente,
O que razão?
É algo que depois de perdido pode ser achado?
Se eu disser que não sei a resposta para minhas próprias perguntas, serei eu um ser louco?
Arrisco-me a afirmar que louco não é aquele ao qual sua razão foi negada, mas sim o verdadeiro sábio, que com todas as contrariedades importas pelos homens que se julgam lúcidos se vê mergulhado em rios de plenitude.
Quem é sábio o bastante para classificar um ser como louco?
O louco se diz louco, e jamais sábio, pois a sabedoria se esconde em camuflar aquilo que poucos estão preparados para ver e saber.
Não seria essa a real essência da sabedoria?
Saber julgar com imparcialidade a necessidade e capacidade de um povo para receber notícias que talvez não sejam como eles esperam ou imaginam
Um louco é tão sensato e lúcido que é capaz de ver até na escuridão, a luz que se guarda apenas para os olhos mais dignos.
Sonho em um dia possuir essa loucura!
Loucura que não se define com palavras em um dicionário.
Mas se sente e se vive em sua pureza singular e impar.
Talvez seja louco por desejar a loucura, mas prefiro que chamem-me louco por saber desejar o que há de mais belo no mundo.
Prefiro não ser o normal, sempre preso aos olhos do povo, mas sim um louco que vive livre, voando entre as nuvens da realidade e do irreal.
Irreal?
Ainda não sou o louco que desejo, mas quando for direi que o irreal não existe.
Tudo que se imagina ou se sonha é também realidade, afinal os limites foram impostos pelos falsos sábios.
Esses limites não me agradam mais, portanto o irreal existe e me espera de braços abertos, pronto para receber mais um louco que acredita na sua imensidão e poder, demasiado encantador para ser julgado por cegos presos a paradigmas.
Já me acha louco o bastante?
Você não sabe o que é a loucura, aprendeu o que a sociedade lhe pregou e assim viverá eternamente se não acreditar e sentir a essência da beleza chamada loucura, ou falta de razão, como preferir.
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